A CANETA
E ela desliza numa folha branca desvairada,
um tanto quanto elouquente,
a desenhar dígitos de uma linguagem contemporânea;
deixa-se levar desinibida em todas as direções,
como se cada desafio fosse único, inevitável.
Letras, sílabas e palavras,
toda imaginação literária possível.
Por entre os meus dedos
ela divulga a sobrecarga do reator enfurecido,
hora triste, eufórico que oscila a cada instante.
Às vezes a procuro desesperadamente
e não a vejo em tempo hábil,
onde está? Murmúrio desiludido; mas tudo passa
e a tudo devemos abrandar para encontrar paz.
Procuro por muitas vezes a energia destemida
que me faz prosseguir
desafiando naturalmente a própria essência.
e a tudo devemos abrandar para encontrar paz.
Procuro por muitas vezes a energia destemida
que me faz prosseguir
desafiando naturalmente a própria essência.
Rai Gama
Belíssimo, fantástico este poema! Meus parabéns!
ResponderExcluirRegina Kreft