terça-feira, 24 de novembro de 2015

OS ÚLTIMOS PEIXES

A vida marinha e terrestre a mercê da ambição humana, 
algo surpreendente similar a um filme de ficção, 
a tão famigerada tecnologia a serviço do caos;
difícil imaginar o oceano sem seres vivos, 
o berçário da vida, sem vida inimaginável
o peso do progresso a tragar a vida 
na superfície e na profundidade do mar, 
o começo de um fim que pode custar muito caro 
para a raça humana a curto prazo, 
vida por vida face a realidade 
no sobe e desce da economia 
que transforma a filosofia em algo banal, 
tudo tem seu preço a curto ou médio prazo, 
a extinção das espécies nos tornará ociosos no mundo, 
o homem contra a natureza 
vai criar notas de dinheiro num aquário 
e vê os peixes numa foto amarelada pelo tempo
em que lhe faltou juízo e sobrou ambição, 
tudo passa como se outrora não existisse
a grande tolice da humanidade 
é de fato desrespeitar a natureza
da qual pertence qual um ser inocente 
por vezes reflete o seu mal
a mercê do futuro transforma o presente
o seu lado animal.
Tudo passa a seu tempo
vida e morte na face do mundo, 
tudo, nada nessa estrada sem fim,
a vida nas águas precisa existir.

Poeta Rai Gama


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